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domingo, 31 de julho de 2016

NOVENA A SÃO DOMINGOS – 6.º DIA – 31 DE JULHO: ZELO DAS ALMAS

NOVENA A SÃO DOMINGOS – 6.º DIA – 31 DE JULHO: ZELO DAS ALMAS




* Observe-se o quadro de Caravaggio: Nossa Senhora aponta o Rosário pendente das mãos de São Domingos, a quem as pessoas acorrem implorando auxílio.



ORAÇÕES PARA ANTES DA LEITURA





Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.



V. Enviai, Senhor, o vosso Espírito e tudo será criado.



R. E renovareis a face da terra.



Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que nos regulemos pelo mesmo Espírito e gozemos sempre das suas consolações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



R. Amém.



Dulcíssimo Pai S. Domingos, tende compaixão dos aflitos, dos pobres peregrinos e desterrados do Céu, não desprezeis as nossas humildes súplicas, mas livrai-nos de todos os perigos e, pelas vossas santas orações, transportai-nos para o Reino da segurança e da paz.



V. Bom Jesus, pela oração de Domingos,



R. fazei que nos tornemos agradáveis a vossos olhos.



Oremos: Concedei-nos, Deus Onipotente, Vos pedimos, que os exemplos do glorioso Patriarca S. Domingos nos levem a uma vida melhor, a fim de que, honrando a sua memória, imitemos também as suas virtudes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



R. Amém.





LEITURA

SEXTO DIA



S. DOMINGOS E O ZELO DAS ALMAS





São Domingos amou a verdade porque no seu coração morava um outro amor mais forte: o amor das almas. Queria possuir a ciência, como um auxílio para iluminar os espíritos e conduzi-los ao doce jugo de Cristo.



São Domingos foi, sem dúvida, um dos maiores apóstolos que Deus enviou à sua Igreja. “Uma coisa, acima de tudo – diz o Beato Jordão –, pedia ele diariamente a Deus: que lhe desse uma verdadeira caridade, um amor eficaz da salvação dos homens, persuadido de que não seria verdadeiro membro de Cristo se não se consagrasse sem reserva, segundo as suas forças, a conquistar almas, a exemplo do divino Salvador de todos, que Se imolou sem reserva para nossa redenção”.



O bem das almas era o seu pensamento predominante. O zelo por elas devorava-o. Lançava mão de todos os meios ao seu alcance para as ajudar e salvá-las.



À oração e à penitência, as duas alavancas do apostolado, já vimos como ele se entregava. Em primeiro lugar tratava, junto de Deus, da conversão dos pecadores, persuadido de que nada podemos sem Jesus e ninguém vai a Jesus se o Pai o não atrair.



Quantas vezes não o ouviram, nas suas orações noturnas, entre lágrimas, gemer: “Senhor, tende compaixão deste povo! Que será dos pecadores?!”



Aos jovens religiosos dizia: “Se não podeis chorar os vossos pecados porque os não tendes, pensai no grande número de pecadores que podem ser preparados para receber a misericórdia divina. Por eles, os profetas e os apóstolos dirigiam ao Céu gemidos; por eles, também Jesus chorou amargamente”.



À oração juntava uma vida penitente, recordando-se das palavras da Carta aos Hebreus: “Sem efusão de sangue não há perdão” (9, 22). Desejava o bem de todos, tanto fiéis como infiéis, hereges, muçulmanos e judeus, e chorava até a perda dos condenados. Tinha por hábito, diz a Irmã Cecília, empregar o dia todo na conquista de almas, quer pregando com frequência, quer confessando, quer recorrendo a outras obras de caridade.



Pregava sempre que podia, chorando muitas vezes e comovendo os ouvintes: “Onde quer que se encontrasse – diz o Beato Jordão –, em viagem com os Irmãos, em casa com os hóspedes e os seus religiosos, entre os Grandes, os Príncipes ou os Bispos, tinhas sempre palavras de edificação, recorria a exemplos para os levar a amar a Deus e a desprezar o mundo”.



O seu zelo levou-o a fundar uma Ordem de Pregadores, o que, para aquele tempo, constituía uma inovação arrojada. Estava convencido de que, quanto mais numerosos fossem os operários, mais almas se salvariam. Por todos os meios, exortava os irmãos a anunciar a Palavra de Deus e pedia-lhes que fossem cheios de solicitude pela salvação das almas.



S. Domingos enviava em pregação até os menos dotados, dizendo-lhes: “Ide, que o Senhor estará convosco e porá na vossa boca a palavra da pregação”.



Um anseio ele nunca pôde realizar: ser missionário e derramar o seu sangue por Cristo.



Com razão representam S. Domingos com um cão ao seus lado, com um facho aceso na boca, tal qual sua mãe, a Beata Joana d’Aza, em sonhos, o vira sair do seu seio, porque iluminou o mundo com a sua doutrina e o abrasou com a sua caridade.



Se queremos ser filhos de S. Domingos, amemos as almas, sacrificando-nos por elas e esforçando-nos por salvar o maior número possível.





ORAÇÃO PARA DEPOIS DA LEITURA



Louvado seja o nosso Redentor, que, querendo salvar todos os homens, deu ao mundo S. Domingos de Gusmão.



V. Coração de Jesus, abrasado de amor por nós.



R. Abrasai o nosso coração de amor por Vós.



Oremos: Senhor Jesus Cristo, que dissestes: pedi e recebereis, procurai e achareis, batei e abrir-se-vos-á, nós Vos pedimos, pelos méritos do vosso fiel servo Domingos e de vossa Mãe Santíssima, protetora e advogada da Ordem, e pela bondade inesgotável do vosso Coração, nos concedais as graças que humildemente Vos pedimos nesta novena, para que, seguindo fielmente os vestígios do nosso glorioso Patriarca S. Domingos, possamos com ele louvar-Vos e glorificar-Vos por toda a eternidade.



R. Amém.





RESPONSÓRIO DO PATRIARCA S. DOMINGOS





R. Oh admirável esperança, que destes aos que na hora da vossa morte choravam a vossa ausência, prometendo-lhes que, depois dela, havíeis de ser-lhe mais útil! Cumpri, ó Pai, o que prometestes, ajudando-nos com os vossos rogos.



V. Vós que resplandecestes com tantos milagres nos corpos dos enfermos, trazei-nos o socorro de Cristo, curai-nos da perversidade e corrupção dos costumes.



R. Cumpri, ó Pai, o que prometestes, ajudando-nos com os vossos rogos.



V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.



R. Cumpri, ó Pai, o que prometestes, ajudando-nos com os vossos rogos.



V. Rogai por nós, Bem-aventurado Pai S. Domingos.



R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.



Oremos: Ó Deus, que Vos dignastes iluminar a santa Igreja com os merecimentos e a doutrina do Bem-aventurado Domingos, vosso confessor e nosso Patriarca, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de sermos socorridos nas necessidades temporais e de crescermos sempre mais nos bens espirituais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.



R. Amém.







Fonte: Novena a S. Domingos. Vários autores. 2. ed. actualizada. Editorial Apostolado do Rosário: Fátima (Portugal), 2006.

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