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sexta-feira, 29 de julho de 2016

NOVENA A SÃO DOMINGOS – 4.º DIA – 29 de JULHO: ESPÍRITO DE ORAÇÃO



ORAÇÕES PARA ANTES DA LEITURA

 

 

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.

 

V. Enviai, Senhor, o vosso Espírito e tudo será criado.

 

R. E renovareis a face da terra.

 

Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que nos regulemos pelo mesmo Espírito e gozemos sempre das suas consolações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

R. Amém.

 

Dulcíssimo Pai S. Domingos, tende compaixão dos aflitos, dos pobres peregrinos e desterrados do Céu, não desprezeis as nossas humildes súplicas, mas livrai-nos de todos os perigos e, pelas vossas santas orações, transportai-nos para o Reino da segurança e da paz.

 

V. Bom Jesus, pela oração de Domingos,

 

R. fazei que nos tornemos agradáveis a vossos olhos.

 

Oremos: Concedei-nos, Deus Onipotente, Vos pedimos, que os exemplos do glorioso Patriarca S. Domingos nos levem a uma vida melhor, a fim de que, honrando a sua memória, imitemos também as suas virtudes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

R. Amém.

 

 

LEITURA

QUARTO DIA

 

ESPÍRITO DE ORAÇÃO DE S. DOMINGOS

 

 

S. Domingos foi um homem de oração. A oração litúrgica, oração oficial da Igreja era, para ele, a oração por excelência; por isso, apesar das inovações que introduziu no regime monástico da sua Ordem, conservou o Ofício coral.

 

Pela santa Missa nutria extraordinária devoção. Queria cantá-la todos os dias, até em viagem, se encontrava igreja adequada.

 

Durante o Cânone da Missa, e sobretudo na oração do Pai-Nosso, derramava sempre abundantes lágrimas que comoviam os assistentes.

 

Ao Ofício Divino era igualmente muito assíduo. Apesar das fadigas, das vigílias ou da doença não faltava ao coro, mesmo de noite. Por vezes, exteriorizava a sua devoção pelas lágrimas, ou, dominado pelo zelo, ia de um ao outro lado do coro exortando os irmãos a cantarem e salmodiarem com fervor e devoção.

 

Nas suas numerosas viagens, mantinha-se fiel à reza do Ofício na hora própria, sempre que lhe era possível. De noite, ao ouvir os sinos de algum mosteiro a chamar para Matinas, fazia levantar os companheiros e rezava com eles o Ofício Divino. Morreu mártir do Ofício coral. Com efeito, chegando, um dia, a Bolonha, muito cansado e a arder em febre, apesar de instado pelo Prior do convento para que descansasse, quis participar nas Matinas, oração coral com início à meia-noite. Mal terminou esta oração noturna, deitou-se, para não mais se levantar.

 

Quando chegava a qualquer lugar, a primeira preocupação de S. Domingos era procurar uma igreja para aí orar. Ele tinha a devoção do lugar sagrado: embora orasse em toda parte, sentia particular satisfação em rezar numa igreja, casa do Senhor, casa de oração. Pode, no entanto, afirmar-se que a sua alma estava em contínuo colóquio com Deus, dia e noite: de dia, quando o ministério das almas e outras obrigações o não impediam; de noite, a maior parte dela e, muitas vezes, toda a noite. Terminadas as Completas – a oração da noite –, acompanhava os irmãos até ao dormitório, mas regressava logo à igreja. Os seus suspiros, as suas lágrimas e, por vezes, os seus gritos ou gemidos acordavam os religiosos que dormiam mais perto da igreja.

 

O corpo ajudava e exteriorizava a devoção da sua alma. Ora ajoelhava diante do altar, ora se inclinava, ora se prostrava, humilhando-se diante do Salvador e proferindo jaculatórias extraídas da Sagrada Escritura, como, por exemplo, “Senhor, tende compaixão de mim, que sou pecador”“Senhor, ouvi a minha oração”“Todo o dia brado para Vós”.

 

De pé, ora olhava para o crucifixo em atitude humilde e suplicante, ora estendia os braços para o céu em flecha, como pretendendo atingir o coração de Deus. Depois entrava em santos transportes de alegria, como se visse e falasse com alguém, ou já tivesse alcançado o que pedia.

 

E orava de muitas formas. Em circunstâncias extraordinárias, orava com os braços em cruz, como quando salvou do naufrágio uns peregrinos ingleses, em Tolosa, e quando ressuscitou o jovem Napoleão, em Roma.

 

S. Domingos exortava insistentemente os seus filhos a consagrarem-se à oração. Sem o auxílio da graça nada podemos, e Deus determinou dar-no-la na medida em que lha pedirmos.

 

Sejamos almas de oração, almas de contínua união com Deus, e alcançaremos numerosas graças para nós e para os outros. Peçamos a S. Domingos o seu espírito de oração.

 

 

ORAÇÃO PARA DEPOIS DA LEITURA

 

Louvado seja o nosso Redentor, que, querendo salvar todos os homens, deu ao mundo S. Domingos de Gusmão.

 

V. Coração de Jesus, abrasado de amor por nós.

 

R. Abrasai o nosso coração de amor por Vós.

 

Oremos: Senhor Jesus Cristo, que dissestes: pedi e recebereis, procurai e achareis, batei e abrir-se-vos-á, nós Vos pedimos, pelos méritos do vosso fiel servo Domingos e de vossa Mãe Santíssima, protetora e advogada da Ordem, e pela bondade inesgotável do vosso Coração, nos concedais as graças que humildemente Vos pedimos nesta novena, para que, seguindo fielmente os vestígios do nosso glorioso Patriarca S. Domingos, possamos com ele louvar-Vos e glorificar-Vos por toda a eternidade.

 

R. Amém.

 

 

RESPONSÓRIO DO PATRIARCA S. DOMINGOS

 

 

R. Oh admirável esperança, que destes aos que na hora da vossa morte choravam a vossa ausência, prometendo-lhes que, depois dela, havíeis de ser-lhe mais útil! Cumpri, ó Pai, o que prometestes, ajudando-nos com os vossos rogos.

 

V. Vós que resplandecestes com tantos milagres nos corpos dos enfermos, trazei-nos o socorro de Cristo, curai-nos da perversidade e corrupção dos costumes.

 

R. Cumpri, ó Pai, o que prometestes, ajudando-nos com os vossos rogos.

 

V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.

 

R. Cumpri, ó Pai, o que prometestes, ajudando-nos com os vossos rogos.

 

V. Rogai por nós, Bem-aventurado Pai S. Domingos.

 

R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

 

Oremos: Ó Deus, que Vos dignastes iluminar a santa Igreja com os merecimentos e a doutrina do Bem-aventurado Domingos, vosso confessor e nosso Patriarca, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de sermos socorridos nas necessidades temporais e de crescermos sempre mais nos bens espirituais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

R. Amém.

 

 

 

Fonte: Novena a S. Domingos. Vários autores. 2. ed. actualizada. Editorial Apostolado do Rosário: Fátima (Portugal), 2006.

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