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quinta-feira, 28 de julho de 2016

NOVENA A SÃO DOMINGOS – 3.º DIA – 28 DE JULHO: PENITÊNCIA

NOVENA A SÃO DOMINGOS – PENITÊNCIA






ORAÇÕES PARA ANTES DA LEITURA





Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.



V. Enviai, Senhor, o vosso Espírito e tudo será criado.



R. E renovareis a face da terra.



Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que nos regulemos pelo mesmo Espírito e gozemos sempre das suas consolações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



R. Amém.



Dulcíssimo Pai S. Domingos, tende compaixão dos aflitos, dos pobres peregrinos e desterrados do Céu, não desprezeis as nossas humildes súplicas, mas livrai-nos de todos os perigos e, pelas vossas santas orações, transportai-nos para o Reino da segurança e da paz.



V. Bom Jesus, pela oração de Domingos,



R. fazei que nos tornemos agradáveis a vossos olhos.



Oremos: Concedei-nos, Deus Onipotente, Vos pedimos, que os exemplos do glorioso Patriarca S. Domingos nos levem a uma vida melhor, a fim de que, honrando a sua memória, imitemos também as suas virtudes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



R. Amém.





LEITURA

TERCEIRO DIA



PENITÊNCIA DE S. DOMINGOS





S. Domingos levou sempre uma vida muito austera. Mortificava-se na comida, no sono e no corpo. Muito moderado no comer e no beber: um prato único e um pouco de vinho misturado com três quartos de água. Jejuava desde o dia 14 de setembro até à Páscoa e todas as sextas-feiras do ano; guardava a abstinência perpétua. Abstinência e jejum que fielmente observava mesmo nas doenças ou em viagem.



O estabelecimento da Ordem e o ministério das almas obrigavam-no a frequentes e longas viagens. Atravessou e percorreu várias vezes a Itália, a França e a Espanha, pois viajava sempre a pé, mendigando o seu pão.



Tinha por costume caminhar descalço, exceto ao atravessar as povoações, e não consentia que outros levassem o seu calçado.



Nunca lhe ouviram uma palavra de maledicência, de adulação ou ociosa. Só falava de Deus ou do que respeitava à salvação das almas. Guardava rigorosamente, mesmo fora do convento, o silêncio prescrito pelas Constituições da Ordem.



Sujeitava-se inteiramente às observâncias monásticas, que, se são um amparo da vida religiosa, são também uma penitência, uma vez que coarctam a liberdade e mortificam os sentidos. Todos os seus companheiros afirmam que era rigorosíssimo observante da Regra.



Era também por penitência que abraçava a pobreza voluntária e a praticava com severidade.



Dormia muito pouco, consagrando à oração a maior parte da noite, tanto quanto o permitia a fragilidade corporal. Quando o sono e o cansaço o venciam, descansava uns minutos e depois recomeçava as suas vigílias.



Nunca teve uma cama sua. Encontravam-no frequentemente a dormir numa cadeira, num banco, no chão ou sobre o pavimento da igreja, com a cabeça apoiada numa pedra. Não queria deitar-se sobre um colchão, nem sequer quando estava doente.



Macerava o corpo com cilícios, e todas as noites se disciplinava, pedindo, por vezes, a outros que o ajudassem nessa dura penitência. Segundo um dos seus biógrafos, costumava disciplinar-se três vezes por noite: uma por si, outras pelos pecadores e outras pelas almas do purgatório. Após sua morte, encontraram o seu corpo cingido de uma cadeia de ferro.



S. Domingos orientava a sua penitência sobretudo para a redenção das almas. Dirigindo-se, uma vez, para uma controvérsia com os hereges, enganado por um deles, precisou de atravessar um bosque cheio de espinhos. O sangue jorrava-lhe dos pés. Então, com alegria, dizia aos que o acompanhavam: “Caríssimos, confiemos no Senhor; temos certa a vitória, pois, com este sangue que derramamos, expiamos os nossos pecados”. Os hereges, perante tão grande virtude, converteram-se.



Sentia-se mais feliz na adversidade do que na prosperidade. Se o serviam ou tratavam mal, longe de se queixar, irradiava satisfação.



A sua sede de sofrer por amor de Cristo e bem das almas era tal que os hereges que, uma vez, o esperavam numa emboscada, ao verem a sua intrepidez, perguntaram-lhe: “Não tens medo da morte? Que farias se caísses nas nossas mãos?” S. Domingos respondeu-lhes: “Pedir-vos-ia que não me matásseis de um só golpe, mas cortásseis, um a um e lentamente, todos os meus membros, os colocásseis diante de mim, me arrancásseis depois os olhos e me abandonásseis, ou então me acabásseis com a vida a vosso bel-prazer”.



Não entraremos no Reino dos Céus sem mortificação. S. Domingos quis que seus filhos a fizessem; por isso, deixou prescritas na Regra algumas das austeridades por ele praticadas. Peçamos-lhe que nos dê o seu espírito.





ORAÇÃO PARA DEPOIS DA LEITURA



Louvado seja o nosso Redentor, que, querendo salvar todos os homens, deu ao mundo S. Domingos de Gusmão.



V. Coração de Jesus, abrasado de amor por nós.



R. Abrasai o nosso coração de amor por Vós.



Oremos: Senhor Jesus Cristo, que dissestes: pedi e recebereis, procurai e achareis, batei e abrir-se-vos-á, nós Vos pedimos, pelos méritos do vosso fiel servo Domingos e de vossa Mãe Santíssima, protetora e advogada da Ordem, e pela bondade inesgotável do vosso Coração, nos concedais as graças que humildemente Vos pedimos nesta novena, para que, seguindo fielmente os vestígios do nosso glorioso Patriarca S. Domingos, possamos com ele louvar-Vos e glorificar-Vos por toda a eternidade.



R. Amém.





RESPONSÓRIO DO PATRIARCA S. DOMINGOS





R. Oh admirável esperança, que destes aos que na hora da vossa morte choravam a vossa ausência, prometendo-lhes que, depois dela, havíeis de ser-lhe mais útil! Cumpri, ó Pai, o que prometestes, ajudando-nos com os vossos rogos.



V. Vós que resplandecestes com tantos milagres nos corpos dos enfermos, trazei-nos o socorro de Cristo, curai-nos da perversidade e corrupção dos costumes.



R. Cumpri, ó Pai, o que prometestes, ajudando-nos com os vossos rogos.



V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.



R. Cumpri, ó Pai, o que prometestes, ajudando-nos com os vossos rogos.



V. Rogai por nós, Bem-aventurado Pai S. Domingos.



R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.



Oremos: Ó Deus, que Vos dignastes iluminar a santa Igreja com os merecimentos e a doutrina do Bem-aventurado Domingos, vosso confessor e nosso Patriarca, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de sermos socorridos nas necessidades temporais e de crescermos sempre mais nos bens espirituais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.



R. Amém.







Fonte: Novena a S. Domingos. Vários autores. 2. ed. actualizada. Editorial Apostolado do Rosário: Fátima (Portugal), 2006.

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